No contexto do Google Tag Manager, containers do servidor são implementações do Tag Manager que efetuam o disparo de Tags a partir de um Servidor dedicado. Diferente da implementação tradicional, via Web, que efetua o disparo das Tags através do Navegador do usuário/visitante.
Container do servidor
Os conceitos básicos do GTM web persistem no server-side: Events, Triggers e Tags. Porém, existe uma entidade a mais, o Client, que é responsável por receber as requisições HTTP e traduzir em eventos no modelo do GTM.
Os use-cases para configurar uma implementação Server para o gerenciamento de Tags são diversos. Os principais benefícios dessa abordagem são:
1. Prevenção ao bloqueio no disparo de eventos, por extensões(Ad Blockers) ou navegadores com foco em privacidade;
2. Redundância no envio/recebimento de eventos tanto via Web quanto Server;
O uso de container do servidor confere maior cobertura no disparo de eventos e na coleta de dados de usuário. Isso é possível através da redundância gerada ao disparar o mesmo evento via web e server. Caso um bloqueador de anúncios impeça o evento Web, o evento Server ainda pode levar os dados até a plataforma de destino.
Existem diversas possibilidade para implementação de um container do servidor. Desde a simples contratação de um serviço, como Stape, ou configurações mais técnicas, como Self Hosted. A seguir, veremos algumas destas opções.
Servidores cloud
Como opções via serviços em Nuvem, o próprio Google Cloud oferece, atualmente, duas possibilidades para hospedar containers. Alternativamente, o Stape.io oferece uma possibilidade com configuração e precificação simplificada(o que pode gerar custos mais baixos, a depender do volume de eventos).
Google cloud
Atualmente, as opções de plataformas disponíveis para esse propósito no Google Cloud são: App Engine e o Cloud Run. Até o final de 2023 o App Engine era a opção padrão para o provisionamento automático. Ou seja, ao criar um novo container server no GTM, era possível automaticamente gerar um projeto com a configuração básica do App Engine pré-configurada. Atualmente, a opção de provisionamento automático cria um Cloud Run.
App Engine x Cloud Run
As plataformas possuem muitas semelhanças, mas o Cloud Run é mais novo e propõe uma maior velocidade e capacidade de processamento. Essa diferença só é notada com alto volume de eventos recebidos. Para projetos com pouco volume, a principal diferença está na configuração e precificação.
O App Engine, ao contrário do Cloud Run, possui a opção de ser utilizando a nível de "teste". Ainda que reduzido em capacidade de processamento, nessa configuração de testes, o App Engine entrega o suficiente para projetos menores. A grande vantagem está na precificação diferenciada, gerando custos bem reduzidos em relação a configurações em nível de "produção"
Vale notar que, para utilizar o App Engine como container do servidor, agora é necessário efetuar o provisionamento manual. É possível conferir o passo a passo na documentação oficial: Como efetuar o provisionamento manual do App Engine.
Stape
O Stape vem como a opção mais simples, tendo baixímissima complexidade de configuração. Um dos serviços oferecidos atualmente, inclusive, já cria o ambiente preparado para disparar evento para a API de Conversões da META.
A Stape usa o ambiente em nuvem do Google Cloud, mas opera em uma precificação completamente diferente. Pode ser mais interessante dependendo do número de projetos que precisam ser configurados e do volume de eventos em cada projeto.
GTM - Self Hosted
Alternativamente, também é possível hospedar o Tag Manager Server-side em um servidor próprio. Esta seria a opção de maior complexidade técnica, visto que também é necessário gerenciar a escalabilidade no processamento, caso hajam picos súbitos de eventos.
Conclusão
No estado atual de precificações e serviços disponíveis, considero três cenários de configurações server-side como mais vantajosos:
1. Um projeto pequeno: Uma configuração App Engine, em modo de testes, vai gerar o melhor custo;
2. Alguns projetos de pequeno/médio porte: Configuração de servidor via Stape.io, com um plano adequado ao volume de dados;
3. Vários projetos médios ou grandes: Projetos configurados via Cloud Run;
Escolher corretamente o serviço/plataforma a hospedar a o container do servidor implica em variações acerca de custos e complexidade. A oferta desses serviços muda constantemente, e novas opções aparecerão constantemente. Esse artigo será atualizado conforme novas opções estiverem disponíveis.
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